Apresento-lhes o Júnior!

Era uma vez um garoto tão lento e ao mesmo tempo tão carismático!
As coisas que ele mais gosta de fazer é assistir chaves, ir para Pirenópolis, Taboquinha, jogar sinuca e encher a cara com os amigos.
Ele também gosta de tocar violão, e até ja se meteu em uma banda com os colegas, eles tocavam rock, mas ultimamente ele anda se enfiando mais na cultura hippe.
Deve ser porque ele quase sempre está desempregado, daí ele fica em casa sem ter o que fazer, vai dormir 5 horas da manhã criando coisas como, quadros, filtro dos sonhos e origames, com isso ele consegue acordar 5 horas da tarde.
Uma vez o Júnior inventou de fazer uma tatuagem em uma micro kitnet com péssimas condições higiênicas , sentado em um sofá empoeirado com pelos de cachorro, a tatuagem que deveria ter muita higiene e ser divida em etapas foi feita em 4 horas seguidas, quando a perna começou a enchar e sair pus, ele parou.
Quase que ele perde sua perna nessa loucura, e hoje quando olhamos para a tatuagem perguntamos: - O que é isso?. Bom era para ser umas chamas, tipo um fogo subindo, mas virou um vermelhão, e chamas foi o que a sua perna sentiu na hora de fazer.
Por estar desempregado e querer entrar logo na faculdade e cursar sua tão sonhada biologia, minha irmã correu atrás de uma bolsa do governo que dá 70% de desconto, com muita luta eles conseguiram juntos a bolsa na melhor faculdade particular de Brasília.
Mas para isso, ele também precisava de um emprego para poder pagar os 30% restantes da mensalidade , foi aí que entramos com o movimento "arranje um emprego para o Júnior".Mandamos seu currículo para todo quanto é buraco que aparecia, daí então surgiu uma vaga em uma livraria no shopping.
Lá vai o Júnior começar a trabalhar e entrar na faculdade.
Mas com toda a sua "preocupação" (ironicamente) com a vida, ele aos poucos foi fazendo amizades com seus colegas de trabalho, e ao invés de vender os livros ele também fazia amizades com os clientes e ficava conversando tranquilamente. Depois do expediente saia para beber com seu companheiros de trabalho e assim iam se passando as semanas, calmas e felizes, bem a cara dele, até o chefe começar a cobrar, vendas, resultado e lucro (claro!Esse é país que vivemos, esse é o nosso amigo chamado capitalismo que só exige isso de nós).
Então vocês já sabem no que deu, Júnior perdeu seu emprego e com isso conseguiu cursar apenas 1 semestre da faculdade peredendo também a vaga na melhor faculdade de Brasília.
E de volta para casa e nós mais uma vez estamos com nosso movimento de pé, ah! Se souberem de alguma coisa me avisem beleza?! heehhe...
Nessa revira volta na vida do Júnior ele nunca deixou de ser feliz, frequenta shows de rock e reggae com seus amigos, faz palhaçadas inúteis que nos faz morrer de rir, bebe cachaça e chora de bêbado, toca todos os ritmos no violão até mesmo "O forró daqui é melhor do que o seu".
E hoje ele está muito bem acompanhado, pois encontrou sua alma gêmea, sua namorada Marjorie que tem o coração tão bom quanto dele, e que estão muito felizes juntos.
É Júnior, queria te fazer essa homenagem, pois eu e a Vanessa gostamos muito de você, meu irmãozinho!!!
Que você seja muito feliz!

Quente e Gelado.

Hahah, o que quê tem a ver , terça-feira quente e abafada em Brasília no meio do país e eu aqui trancada no meu quarto e postando uma foto na praia?
Ah! Só para refrescar a memória e o tempo também!
Lembranças boas devem ser lembradas sempre, agora as más, quero que fiquem presas em um lugar escuro e gelado para assim ninguém sentir vontade de se aproximar...
Entre o calor e o frio é assim que vivemos, não digo em relação a metereologia não, e sim a nossa própria vida, um dia estamos gelados que não falamos nem bom dia, outro estamos quentes que o sorriso fica estampado no rosto!
Hoje eu tô com calor, sei lá quente, ou gelada, sei lá, o dia já acabou!Já foi!
Boa noite, vou dormir.

Menos um dia.

Sexta-feira,
Era para ser um super dia, como todas as sextas, mas não foi.
hoje o dia não foi dos melhores, estou me sentindo deprimida por me deparar com coisas que me machucam, taí, preciso aprender a ter uma armadura contra esses machucados.
É, e eu vou aprender!
Hoje troquei a partida de futebol dos meninos para ficar só em casa, espero que o jogo tenha sido bom!
Hoje eu tô assim nem preto nem branco, tô apenas triste...

Telegrama (Zeca Baleiro)
Eu tava triste tristinho
mais sem graça que a top model magrela
na passarela
eu tava só sozinho
mais solitário que um paulistano
que um canastrão na hora que cai o pano
tava mais bobo que banda de rock
que um palhaço do circo vostok (...)

O pequeno Príncipe

Hoje, em um final de tarde com o sol laranjado, estava voltando com minha irmã Vanessa para casa, quando paramos no semáfaro e tivemos uma surpresa.
Distraídas um menininho bateu no vidro, por ouvir o "TOC TOC" achei logo o que seria: Mais um mendigo, ou um menino cheirador de cola pedindo dinheiro, sem dar importância olhei mas automaticamente voltei o olhar para ele, senti uma coisa estranha, um aperto do coração, minha irmã na hora Falou: - Ai Aline, olha a carinha dele, ele é o pequeno príncipe!
Eu também vi a mesma coisa, pois ele usava uma espécie de palitó maior que seu tamanho da cor azul e tinha o cabelo cacheadinho e loiro, isso tudo embaixo de muita sujeira e tristeza, o olhar dele pra gente foi tão sincero, ele tinha uma feição tão triste e agiu de uma forma tão emocionante que na mesma hora minha irmã procurou no bolso moedas e eu correndo vasculhei minha carteira e enchi a mão de moedas, apavoradas o sinal abriu, eu abaixei o vidro e joguei na rua todas as moedinhas.
Saímos daquele sinal com a garganta entalada para não chorar, minha irmã ficou repetindo: -Meu Deus você viu a carinha dele, ele parecia o pequeno príncipe. E eu concordando.
Falamos também que o que fizemos não é certo e que nunca damos esmola desse jeito na rua, mas por incrível que pareça aquele menino foi diferente!
Voltei pensando e segurando a vontade imensa que me deu de derramar umas lágrimas.
Ai sabe, na minha opinião é errado dar esmola e acho que ninguém deveria fazer isso, pois por um lado se pensarmos que se ninguém der esmola essas crianças não terão o que fazer na rua, só iriam perder tempo pois ninguém mais ajudaria, e com isso elas sairiam da rua e procurariam outra coisa. Mas por outro lado o que custa dar um prato de comida a quem tem fome, vai saber se aquele menino tinha se alimentado se ele não estava com fraqueza de fome?
É ruim encarar de frente o submundo dessa forma, me indigno em ver gente na capital do Brasil, Pufff! Grandes coisas o Brasil...
Enquanto tem gente por aí roubando o dinheiro de pobres inocentes e escondendo na meia, tem menino na rua que nem meia tem para usar!
Minha irmã é fã do livro chamado "O pequeno príncipe" que no qual por ser uma literatura infantil traz em seu enredo uma boa lição de vida para muitos marmanjos, por isso a insistência em dizer que o menino do sinal era o pequeno príncipe.